Geração do X’nada
Que geração é essa? A “geração Orkut”? Poderia ser a “geração msn” ou talvez a “x-tudo”? Que só tem fotos de felicidade nos sites de relacionamentos? Que correm contra o tempo para poder viver tudo intensamente e acabam mesmo é sendo tristes e solitários, com relacionamentos superficiais. Será mesmo que é só isso que eu quero? É só isso que espero da vida?
O que é ser um cidadão? É apenas votar nas eleições? Seria somente pagar os impostos em dia? É estudar nas melhores escolas, tirar as melhores notas e depois passar num vestibular para uma universidade pública? É só olhar para o meu umbigo? O mundo esta tão cheio de coisas boas e más, vai depender de mim escolher o melhor caminho para viver o meu futuro, um futuro cheio de surpresas, seja elas quais forem.
Pois bem, tenho vivido um momento da vida que pode ser considerado histórico. Tenho participado de lutas e conquistas que se somam a história do meu país, que ainda vive uma realidade de opressões e desigualdades. O meu receio é de que nessa luta estejamos dando passos curtos pelo caminho mais largo, cheio de armadilhas que nós mesmos criamos e muitas vezes caímos. Tudo isso por causa da falta de conhecimento ou simplesmente pela negligencia à leituras de assuntos pertinentes e que poderiam embasar nossas ações. Acabamos por ficar a mercê, podendo ser enganados por diálogos bonitos de pessoas que detém um maior domínio da dialética.
Fala-se tanto do Movimento Estudantil como um movimento morto, certo? Corretíssimo, pois grande parte dos jovens nos dias atuais acham que o espírito revolucionário está na moda, são individualistas, egoístas e sem ideais ou apenas por não se interessarem por política. Em partes essa afirmativa procede, mas ainda existem jovens que querem lutar por mudanças e fazer a diferença, não para continuar como diz Elis Regina em um trecho de sua música “Como Nossos Pais”:
“Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...”

*Imagens do acervo pessoal do estudante de Letras da UNB Diogo Ramalho.
Texto redigido pela estudante de Pedagogia da UESB Nayane Silva.
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